O presente estudo investigou o papel desempenhado por diferentes pontos de referência na resolução de adição de frações por estimativa. Crianças (8-9 anos) de classe média alunas do ensino fundamental resolveram as mesmas adições de frações em diferentes situações: usando o referencial de metade (Tarefa 1) e usando outros referenciais (Tarefa 2). Observou-se que as crianças solucionavam apropriadamente as adições com base no referencial de metade, o mesmo não ocorrendo em relação a outros referenciais. Também foi observado que as estratégias adotadas com base no referencial de metade eram mais sofisticadas do que aquelas empregadas com base em outros referenciais. O referencial de metade levava a criança a usar estratégias que envolviam a noção de equivalência que é considerada crucial ao conceito de fração. A principal conclusão foi que este referencial facilita a emergência de formas de pensar que favorecem a resolução de adição de frações por crianças mais do que outros referenciais. Implicações educacionais são discutidas.